O que as pessoas entendem como coisas "espirituais"

Dá para entender o porque das pessoas acharem absurda a ideia de um ateísmo espírita ou de um Espiritismo ateu. As pessoas tem um conceito próprio do que significa a palavra "espiritual", achando a impossível a realidade de um mundo espiritual sem divindade e religiosidade.

Na verdade, a palavra "espiritual" surge para dar um caráter de "realidade" a coisas não-existentes, como dogmas e divindades religiosas. para ninguém parecer doido em acreditar em fantasias, inventa-se que tais fantasias são coisas "do espírito" e isso dá a impressão de serem reais, apesar de invisíveis aos olhos do corpo.

Para o senso comum "espiritualidade" e "religiosidade" parecem sinônimas, embora não sejam de fato. Como falei, a palavra "espiritual" serve como desculpa para que dogmas e divindades pareçam verdadeiros embora existam apenas nas cabeças dos que acreditam. Como dogmas e divindades dispensam provas, basta por o rótulo de "espiritual" que parece verdadeiro, por mais absurdo que possa ser.

Mesmo que o mundo espiritual seja muito mais científico, do contrário que muitos pensam, não parece agradável imaginar que o mundo espirital seja desprovido dos absurdos defendidos pelas religiões. Para muitos o mundo espiritual parece uma igreja, com sacerdotes e deuses comandando em um ambiente que lembra bastante o interior de uma igreja, só que cheio de fumaça (nuvens).

Isso explica porque as pessoas se revoltam com a hipótese de uma doutrina que una ateísmo e mundo espiritual. É difícil imaginar um mundo não-material que seja alheio a crença de qualquer religião. Para defender ideias sem pé nem cabeça vale qualquer coisa, inclusive tachá-las de coisas "do espírito". Assim, dá para acreditar em absurdos sem ser xingado de "louco".

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