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Mostrando postagens de agosto, 2015

Acreditar em Deus é instinto

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Muita gente estranha o ateísmo. A maioria das pessoas não consegue entender o ateísmo achando que é impossível a humanidade não estar sob o comando de uma pessoa. Acostumados pela existência das lideranças terrestres, não estamos capazes de aceitar uma sociedade sem lideranças, achando que acontece o mesmo em relação o universo. Na verdade, a crença em uma liderança, ou em uma divindade (que no fundo é um tipo de liderança) faz parte do instinto humano. Ainda achamos necessária a existência de um "peão" a guiar o "gado". Achamos que deveríamos ter alguém a nos guiar, como um tutor, um chefe ou até mesmo um "pai". Não por acaso, a mesma sociedade que exige a existência de um "Senhor do Universo", não aceita também a anarquia (sociedade sem lideranças), considerando a palavra como sinônimo de "caos" por acreditar que só uma sociedade com lideres pode ser capaz de ser organizada.  Mas a prática mostra que muitas vezes que isso pode estar e

Ateísmo significa não crer em divindades e mitologias

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Há uma polêmica muito grande envolvendo nosso blogue sobre ateísmo. Acostumados a entender o Espiritismo como religião e os espíritos como "divindades", as pessoas não conseguem aceitar a ideia de um Espiritismo ateu ou de um Ateísmo Espírita. Mas isso na verdade se deve a uma definição errada do que significa ateísmo. Claro que existe uma inteligência superior, algo que organiza a natureza. Mas está longe de ser uma pessoa, um espírito, uma individualidade e mais ainda uma divindade. Nem "Deus" pode ser pois a palavra é que se um sinônimo de dividade. Se a palavra foi utilizada na codificação é porque os espíritos acharam necessário utilizá-la para melhor compreensão. Até porque nomes são meros detalhes no mundo espiritual. Ser ateu é não acreditar em divindades e seres fantásticos. É não aceitar ideias absurdas e fábulas mirabolantes. É compreender que a natureza é auto-suficiente e auto-atuante, não precisando de individualidades para ser atuante e organizada. En

A mania de humanizarmos as coisas

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Quando somos crianças, temos o hábito de humanizar tudo. Animais e objetos são transformados em pessoas para que as crianças possam prestar atenção nelas. É uma característica tipicamente infantil que é salutar durante um período. E se torna desnecessário a medida que nos tornamos adultos. Mas há adultos  que preservam esta mania. Tratam animais como se fossem parentes próximos, conversam com plantas e até com objetos. Natural para estas pessoas que todas as coisas, inclusive fenômenos da natureza, sejam feitas por pessoas. Mesmo que estas pessoas sejam divinais, superpoderosas (como os heróis da infância). Por esse motivo que a religiosidade das pessoas é alta. Tido como sinal de evolução pelos seus defensores, a religiosidade na verdade é instintiva, sintoma da necessidade que temos de ter um tutor. Quando ficamos adultos, deixamos de ter os cuidados de nossos pais e aí a religiosidade vem como meio de compensar a ausência paterna e materna que nos conforta tanto. Isso nos deu a ilus

Os espíritos não quiseram revelar tudo

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O grande problema dos espíritas, sejam de qualquer tipo, é que todos se esquecem que vivemos em um planeta muito atrasado. Temos a dificuldade de entender certas coisas justamente por estamos na infância da evolução espiritual. Como crianças birrentas, teimamos e pensamos em saber tudo, confiando na (impossível) perfeição daqueles que cuidam de nós. Os espíritos da revelação não são de evolução máxima. Vários já encarnaram na Terra, o que confirma a sua natureza ainda inferior. Além de não saberem tudo, esses espíritos pelo menos tinham a sensatez de conhecer a nossa inferioridade e evitaram entrar em polêmicas que pudessem desviar os focos da revelação. Gente, o Espiritismo foi revelado no século XIX! Querem que eles tivessem pensado como seculos adiante? Ainda mais que estamos ainda bem atrasados em pleno século XXI? Por isso que a ideia de religiosidade ainda foi mantida nos livros da codificação, embora discretamente contestada. O foco mesmo era mostrar que existe vida naquilo que

Não vamos encerrar nosso blogue

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Recebemos via Facebook um comentário de alguém que interpretou de forma diferente da nossa os ideais de Allan Kardec dando a entender que o codificador queria fundar uma igreja. Sei que a associação de religiosidade e Espiritismo anda tão arraigada no Brasil que até mesmo para os que não concordam com a FEB e seus ídolos e dogmas fica difícil dissociar as duas ideias. O missivista achou incompatíveis as ideias sobre Espiritismo e Ateísmo, como se - opinião dele - o mundo espiritual e os espíritos só existissem com a decisão de uma individualidade, ou seja, de uma pessoa que vive escondida e que se acha dona de toda a humanidade.  O mesmo missivista usou a palavra "divindade", o que me leva a crer que ele pode ter se baseado em um erro de tradução (FEB?), ou se a espiritualidade tivesse usado o termo para não entrar em conflito com o Catolicismo do seculo XIX, onde foram escritas as obras da codificação. De qualquer forma, não acreditamos em individualidades autoritárias e mui