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Mostrando postagens de setembro, 2015

Precisamos de seres humanos controlando o mundo espiritual?

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Os espíritas que pretendem combater as deturpações da FEB não percebem, mas cometem o mesmo erro. Além de transformar a ciência de Kardec numa doutrina fechada, exata e sem possibilidade de revisão, constroem, de forma diferente dos chiquistas, um mundo espiritual que pudesse ter referências na materialidade terrestre. Os que se revoltam contra as sugestões de um ateísmo espírita, certamente esperam que seres com características humanas administrem o universo e o mundo espiritual. É uma má compreensão doutrinária que acaba por não romper totalmente com o igrejismo supostamente combatido pelos que pretendem ser os verdadeiros espíritas. Além de pouco se referirem a outros estados da matéria ainda desconhecidos por nós, o que ao meu ver pode trazer a noção de mundos falsamente espirituais, na verdade formados por outros estados de matéria menos densos e ainda desconhecidos da humanidade terrestre, preferem os espíritas acreditar que nada acontece sem a interferência de pessoas, mesmo na

Marionetes de Deus

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Para muitos espíritas e "espíritas", o mundo espiritual é igualzinho a Terra. E como tal sua existência só poderia ser possível se houver um ser com características humanas para gerencia-la.  Uma pessoa, e somente UMA PESSOA deverá ser a líder responsável por tudo que acontece no além túmulo, que apesar de caracterizado como material é considerado espiritual, se esquecendo boa parte dos que se assumem espíritas que há estados e dimensões da matéria que ainda não conhecemos e nem estamos preparados para conhecer. A religião já pôs na cabeça de quase todos que não somos autônomos. A religiosidade existe para colocar em nossas tolas cabecinhas que um Gigante que nunca aparece controla a nossa vida e tiranicamente exige que façamos o que ele quer, sob pena de ser punido de forma bem cruel. O ser que é o máximo em amor gosta de vez em quando de dar suas boas espetadas. Interessante que eles ficam revoltados com a ideia de que o mundo espiritual é auto-controlável. Não existe uma p

Conheça a Igreja de Allan Kardec

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Pelo jeito, o que mais movimenta os debates nos fóruns espíritas não são as deturpações feitas pelas lideranças brasileiras que seguem os dogmas impostos pela FEB, mas a polêmica de que se o Espiritismo é ou não uma religião. Para nós, não é, mas para muita gente, incluindo os não-chiquistas, é uma religião e isso para essa gente é uma questão fechada, origem de várias polêmicas. A ideia de que o Espiritismo era uma religião partiu de Roustaing, mas foi solidificada por Chico Xavier. Mesmo os que discordam do médium mineiro se acostumaram com a ideia de associar o mundo dos espíritos com religiosidade, como os fosse impossível imaginar o mundo espiritual como algo diferente de uma igreja ou templo. Nos atemos aqui aos não-chiquistas que preferem considerar o Espiritismo como uma religião. Vamos enumerar as características deles e tentar entender porque condenam o nosso blogue, sendo incapazes de imaginar a possibilidade de estarmos corretos, o que estimularia uma verificação que poderi

O que importa não é acreditar em Deus. É acreditar nas pessoas

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Que mal há em ser ateu? Se Deus ainda não teve a sua existência confirmada através de evidências, porque somos obrigados a acreditar nele? Se uma coisa não pôde ser comprovada, porque ela tem que ser aceita? portanto é um direito mais do que justo o de não acreditarmos em Deus ou em qualquer coisa ou pessoa que se apresente como "santidade". A crença em Deus não os faz bons ou maus. Há ateus bons e ateus maus assim como há fiéis bons e fiéis maus. Isso depende não da fé em divindades, mas da fé nos seres humanos. Se você acredita na espécie humana e reconhece que a maldade é um estado primitivo que tende a desaparecer com  esclarecimento racional, você consegue desenvolver o senso de altruísmo, que é o que verdadeiramente interessa. Para os menos esclarecidos, é estranho não acreditar em um Deus porque isso é instintivo. Acreditar em Deus tem muito a ver com a nossa necessidade infantil de ter um ser superior (um adulto) a nos cuidar, dar ordens e estar de plantão nos momento

Seria Chico Xavier a reencarnação de Deus?

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Esta pergunta acima soa bastante agressiva para muita gente. Mas ela é necessária no repertório de questionamentos a ser feito para desmascarar esta farsa chamada "Espiritismo" brasileiro que não passa de um complexo processo de ma interpretações sucessivas da Doutrina Espírita codificada por Allan Kardec. Infelizmente esta farsa se consagrou e é frequentemente sobreposta a doutrina original, que aos poucos vai caindo no esquecimento, para dar lugar definitivo a versão falsificada. Apesar de não ter surgido com Chico Xavier, a Igreja Espírita, nome que podemos dar sensatamente a versão deturpada da doutrina, surgiu de dissidentes católicos (incluindo o superestimado político Bezerra de Menezes) que acreditavam em reencarnação e que não estavam muito interessados na doutrina de Kardec, embora gostassem de bajular o codificador para tentar autenticar o sincretismo católico que pensavam ser a doutrina original. Mas foi com Chico Xavier que a versão deturpada se consagrou. Muitas

A antropomorfização do Deus "espírita"

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Os "espíritas" brasileiros acreditam em Deus. E como fizeram da doutrina uma religião igrejista, com cacoetes importados do Catolicismo, este Deus teria que ter forma humana. Não seria legal para um bando de beatos ser obedientes a algo que não pareça humano. Mas apesar da declaração recente do "mestre" Divaldo Franco (um deturpador, como muitos na versão brasileira da doutrina) de que "Deus é uma pessoa do sexo masculino, e isso está perfeitamente correto" , os "espíritas" brasileiros preferem acreditar que Deus é um espírito como nós, só que um pouquinho mais "poderoso (e autoritário, bom lembrar). O que não deixa de ser uma forma de antropomorfização. Deus, sendo um espírito como nós, é também humano. Uma pessoa que, por ser, digamos, perfeita, não teve a necessidade de reencarnar, controlando todo o universo dentro de seu esconderijo, pois como "líder máximo do universo", possui direitos que a humanidade não possui, dentre eles

Se não bastasse "aquele" Deus, a gente ainda tem que aguentar um outro "Deus": a Pátria

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Religiosos costumam ser patriotas. Acostumados a cultuar coisas abstratas e sem confirmação existencial, como divindades, amor, fé, paz, etc., encasquetaram de que deveriam também cultuar a "Pátria", coisa que eles nem sabem direito do que se trata e que para eles simbolizaria tudo de bom (e só o que há de bom, viu?) que existe em nosso país. E como todas as religiões, esse troço que os brasileiros chamam de "Espiritismo" (que nada tem a ver com o Espiritismo original embora quase todos pensem que tenha), também resolveu ser "patriota". Tudo graças a um ingênuo caipira de Pedro Leopoldo que caiu na doutrina de paraquedas e que até a morte nunca entendeu o que realmente estava fazendo dentro dela. O nome do ingênuo caipira? Chico Xavier. Em um belo dia de 1938, o governo Vargas, na época uma ditadura (de direita, viu? Embora nacionalista, Vargas era de direita), pediu para que a FEB (Federação - que se diz - "Espírita" Brasileira), para escapar de

No "Espiritismo" brasileiro, divindades não somente existem como vivem entre nós

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Claro que todas as religiões se baseiam em lendas, em mentiras doces para atrair adeptos e dar poder e dinheiro as suas lideranças. Mas o "Espiritismo" brasileiro extrapolou isso e levou as ilusões às últimas consequências. Aquilo que deveria ser uma ciência, virou uma seita bagunçada. Mas ao invés de reconhecer que divindades não existem, o que deveria ser mais lógico e mais coerente com doutrinas fundadas na razão e no bom senso, o "Espiritismo" brasileiro admite a existência de divindades. E pior: elas reencarnam entre nós neste planetinha atrasado que ainda engatinha na evolução espiritual. Para os "espíritas" brasileiros, as divindades são chamadas de "missionários" e apesar de Kardec haver confirmado que na Terra só reencarna espíritos inferiores, devido à natureza coletiva do planeta, esses "iluminados" são considerados de "evolução máxima", classificados como tais se baseando em estereótipos falsos de bondade e sabedor