Moralismo religioso impulsiona Bolsonaro e direciona Brasil para uma rota suicida

Infelizmente, as pesquisas mostram o crescimento do candidato neonazista Jair Bolsonaro, com amplo apoio popular de pessoas mal informadas sobre política. Sem saber que o projeto de governo do ex-capitão tem todas as condições de prejudicar o povo e afundar o Brasil, a população segue iludida graças a avalanche de mensagens que lançam mão do moralismo religioso e da aversão a estereótipos de criminalidade e corrupção.

Por ter apoio de poderosas forças estrangeiras, reveladas agora com a participação do publicitário neonazista Steve Bannon como coordenador da campanha de Bolsonaro, este segue firme na disputa presidencial, mesmo claramente incapaz de governar o país com racionalidade. 

O sucesso de um, digamos, bronco como Bolsonaro, só se explica pela omissão do verdadeiro programa de governo do candidato, substituído pelas críticas ao adversário Fernando Haddad e por apologias a valores relacionados com o mais retrógrado moralismo cristão e a "valentia" e "integridade" da classe militar que Bolsonaro finge pertencer, já que foi expulso do Exército após a descoberta de um plano terrorista organizado pelo então capitão.

Esconder as verdadeiras intenções de Bolsonaro em continuar as maldades de Temer é importante para uma população totalmente desinformada em política e sem a disposição de verificar as informações que recebe. Seus eleitores não conseguem perceber que está se preparando para colocar no Palácio do Planalto uma liderança que pode prejudicá-las.

Fanaticamente cegas pelo moralismo religioso em boa parte abstrato e completamente divorciado do mundo real, as pessoas que pretendem votar em Bolsonaro parecem não se importar com perdas de direitos. Em nome de um moralismo supostamente controlado por um gigante invisível que todos chamam de "Deus", o "presidente do universo", vale qualquer coisa. O que importa é proteger os dogmas cristãos, a igreja e a família tradicional.

Só que em nome da fé religiosa, que sempre se opôs a racionalidade responsável, os eleitores de Bolsonaro colocam o próprio país e os próprios direitos numa rota suicida que pode ser muito difícil de ser revertida. Em nome de coisas duvidosas como a moral cristã (se não são racionais, despertam duvidas), brasileiros podem estar apertando o botão de destruição do Brasil, como se estivessem estourando uma bomba. 

Os danos a virem do governo Bolsonaro são equivalentes ao de uma detonação de uma bomba e não é um exagero dizer isso. Educação sem racionalidade e com base em mentiras, economia que ajuda os ricos às custas do prejuízo do resto da população, cidadãos armados que se matam por quaisquer besteiras, entre muitas coisas horrendas que não somente impedem o desenvolvimento do país como pode arrasá-lo, eliminando de vez o que foi conquistado nestes 518 anos.

A eleição de Bolsonaro, favorito nas pesquisas, mostra a irresponsabilidade da fé religiosa, que deveria ser colocada cada vez mais longe do cotidiano real. Por não ter base racional, por envolver seres imaginários e a credulidade de seus seguidores, o fanatismo religioso se prepara para eleger seu primeiro "Aiatolá", mergulhando o Brasil numa teocracia descontrolada que matará o próprio país em nome da convicção alienada de quem é escravo da religiosidade.

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