O Fim definitivo de Chico Xavier

Chico Xavier, símbolo maior do que os brasileiros conhecem como "Espiritismo" morreu, como ser humano, em 2002. Mas seu mito continuou vivo e até ganhou descomunal força, chegando a ser admirado por quem deveria ser contra o "médium" charlatão. Mas chega o momento do mito Chico Xavier morrer, sem direito a reencarnações.

2019 seria o ano em que o beato seria desmascarado. Construído pela FEB para ser uma espécie de "filantropo" superpoderoso e intensivo, Xavier destruiu uma doutrina inteira, praticou fraudes, fez uma caridade sem resultados práticos, além de ter enganado multidões com muitas ideias que são exatamente opostas as recomendadas pelo Espiritismo original francês.

Uma de suas maiores mentiras foi a falsa profecia que ganhou o pomposo nome de "Data Limite". Era uma tentativa desesperada de admiradores do "médium" em promovê-lo a profeta-cientista, transformando um reles sonho banal com características religiosas em uma previsão pseudo-científica. Uma profecia que, segundo os fanáticos admiradores, seria cumprida em 2019.

Segundo a "profecia", decidida em uma suposta reunião que envolvia Jesus, santos e curiosamente nenhum cientista, em que haveria um plano de acelerar o desenvolvimento da Terra usando o Brasil como potência de moral e de humanidade, que supostamente mandaria no mundo através do exemplo de altruísmo e religiosidade. Religiosidade talvez, mas de altruísmo? Sei não.

Todas as características da tal "Data Limite" se mostram impossíveis de serem realizadas. O Brasil perdeu a sua soberania, vive em uma onda de ódio que pode originar uma sangrenta guerra civil, está com a sua economia em vias de uma crise colossal e ainda colocou no poder um neonazista, Jair Bolsonaro, que conduzirá o que Chico Xavier chamava de "Coração do Mundo".

Mesmo com a "profecia" sendo desmascarada, Xavier ficaria feliz com a chegada do "mito". Anti-esquerdista convicto e religioso na linha neo-medieval, o beato de Pedro Leopoldo era um entusiasta da Teologia do Sofrimento e acreditava que a crueldade de ditaduras fascistas aceleravam a evolução da humanidade, pois impunha um sofrimento que supostamente seria poupado no mundo espiritual.

Xavier havia apoiado explicitamente, em rede nacional, a ditadura militar em sua pior fase, quando nem o mais retrógrado direitista apoiava mais. Mas a repercussão não pegou porque a FEB agiu rápido para impedir que a declaração manchasse o falso estigma de caridoso do suposto "médium". 

Imediatamente, as lideranças da FEB trataram de usar a mídia para construir uma imagem positiva que se consagraria depois, vigorando até hoje. Era preciso salvar a galinha dos ovos de ouro da FEB, vendedor de muitos livros, cuja renda "iria para caridade". Caridade que nunca eliminou a miséria de seus auxiliados e nunca trouxe qualidade de vida para a cidade onde o beato trabalhava, Uberaba/MG.

Mas com a chegada de Bolsonaro ao poder e todos os malefícios gerados por sua gestão, comprometida intencionalmente com o prejuízo da maioria da população, a "profecia" conhecida como "Data Limite" foi finalmente desmascarada. 

Chico Xavier, pelo menos como profeta, se revelou uma farsa. Como era em toda as suas funções, já que nunca passou de um reles beato esquizofrênico, objeto de adoração fanática por muitos alucinados. Este fanatismo deu grande poder de influência a um enganador que nunca entendeu de fato o Espiritismo original, senso o maior responsável pela deturpação da doutrina.

Tudo poderia ter acabado há cerca de 80 anos, com o cidadão de Pedro Leopoldo quieto em sua cadeira de oração, sem influenciar ninguém. Mas quiseram transformá-lo em semi-deus e o estrago foi feito. O resultado está aí. É bom JAIR se costumando. Aceita que dói menos...

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