De olho no voto de evangélicos, Lula faz uma carta em prol das religiões

O Brasil está na contramão do mundo. Enquanto em sociedades evoluídas a religiosidade, que sempre ofereceu mais perguntas do que respostas, começa a desaparecer, aqui na Terra Brasilis, revivemos a Idade Média e reforçamos a religiosidade, acreditando estar na vanguarda ao tomar esta decisão.

Lula está ciente disso e como um bom religioso, sempre preferiu a fé do que a racionalidade. Tanto é assim que preferiu usar a emotividade em sua campanha de retorno a Presidência da República, que quase nada teve de lógico. Foi de puro sentimentalismo.

Mesmo sendo um religioso, Lula também tem interesses em vencer a eleição. E percebe que bajular religiosos, sobretudo os crescentes evangélicos, pode lhe favorecer bastante na corrida eleitoral. Como ateus são poucos, Lula prefere desprezá-los, embora alegue que os respeite e vive garantindo que vai dar apoio à ciência.


Lula, que já foi tema de livro religioso, Lula e a Espiritualidade, decidiu escrever uma carta aos religiosos, sem assumir em que direção, mas secretamente destinada a evangélicos, classificando a fé religiosa como um direito constitucional. Ou seja, acreditar em estórias absurdas e em seres superpodererosos invisíveis é um direito protegido por lei.

Se esquecem os que defendem esta lei constitucional, de que a mesma foi criada pela bancada evangélica para proteger seus interesses pessoais. Mas outros religiosos pegaram carona na lei dos evangélicos e a racionalidade foi direto para o ralo. Se iludir é um direito constitucional.

De qualquer forma, está aqui uma notícia sobre a carta de Lula, que está ansioso para conquistar os evangélicos, que são um imenso número de eleitores. Infelizmente, boa parte deles está sob o domínio de Bolsonaro, que não desafia os valores morais cristãos com o identitarismo, como faz contraditoriamente os seguidores de Lula, ao mesmo tempo religiosos e identitários.

De qualquer forma, Lula se une aos que defendem este retrocesso, quando problemas que exigem maior racionalidade crescem cada vez mais. Vamos resolver estes problemas como? Com rezas? Pedindo para um ser invisível resolver o que nós não conseguimos? Vida que segue...

Enquanto isso, lá fora, em sociedades mais desenvolvidas, a humanidade aos poucos abandonam deste inútil fracasso de 2000 anos, um entulho que nunca conseguiu melhorar nada no planeta e ainda atrapalha a nossa indispensável racionalidade.

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