Senso comum só considera escândalo quando envolve dinheiro, sexo ou violência

Para a maioria das pessoas, escândalos envolvendo religiões s[o são considerados como tais quando envolvem dinheiro, sexo ou violência. 

Isso é o que faz o "Espiritismo" brasileiro seja respeitado pelo senso comum (e os neo-pentecostais, envolvidos em escândalos financeiros, não sejam). Seus escândalos, normalmente colocados para "debaixo do tapete" tem mais a ver com a deturpação da doutrina e a difusão de dogmas estranhos e opostos ao Espiritismo original codificado na França.

Houve também um escândalo com declarações anti-humanistas deitas por Divaldo Franco. Mas rapidamente a assessoria do médium conseguiu abafar o caso, impedindo que a repercussão crescesse e prejudicasse a imagem do "médium", considerado uma "divindade viva".

Mas o "Espiritismo" brasileiro também tem escândalos envolvendo dinheiro, sexo e violência. Só que são cuidadosamente escondidos da opinião pública.

Dinheiro: o estranho enriquecimento de lideranças (principalmente donos de centros), comparado a uma suposta caridade que nunca eliminou a miséria no país, é algo para ficarmos atentos e seja investigado.

Violência: a estranha morte de Amauri, sobrinho de Chico Xavier que iria denunciar as fraudes cometidas pelo seu tio, é também outro caso a observar. Algo grave para uma seita que se encanou de patentear a paz, falando nela com insistente frequência.

Sexo: agora, temos o caso de "João de Deus", possível sucessor de Divaldo Franco, acusado de abusos sexuais. Existiram outros casos similares com "médiuns" menos conhecidos. mas como "João de Deus" é famoso, rico e se relaciona com celebridades, o caso ganhou repercussão.

"João de Deus" é um riquíssimo latifundiário envolvido em processos por charlatanismo, homicídio culposo e exercício ilegal da medicina. Ainda possui poder político na cidade onde atua, Adadiânia, em Goiás, o que permite a sua impunidade.

Teve câncer recentemente, mas se recusou a fazer auto-cura, o que despertou muita suspeita de sua capacidade de curar pessoas. Deu uma desculpa esfarrapada e tudo ficou nisso mesmo.

Quando é que a religião mais mentirosa do Brasil, que finge seguir Allan Kardec defendendo dogmas que ele condenava, vai ser definitivamente desmascarada diante da opinião pública.

Afinal, denunciar farsantes não é intolerância religiosa. As mentiras, as contradições e abusos de quaisquer tipos nunca devem ser toleradas.

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